segunda-feira, 29 de junho de 2015

Giro pela América - Chile


Falar do Chile é muito mais fácil para mim. Morei lá nos últimos 4 anos, na cidade de Santiago, aliás o Chile se resume muito a Santiago em aspectos gerais.

O Chile é um país pequeno e organizado de uma certa forma, parte pela herança do militarismo e parte pela objetividade de sua gente. Nós brasileiros tendemos a admirar o Chile como se fosse o 1º mundo na América Latina, fato que se dá devido ao grande orgulho que o chileno tem de sua naçao ao exportar apenas propaganda positiva, como o fez na educaçao, onde basta um olhar um pouco mais aprofundado para notar que também lá ainda existem muitos problemas parecidos com os do Brasil no ramo.

Santiago é a capital do país com 1/3 de seus 18 milhoes de habitantes, sendo seguida por outras cidades bem menos expressivas em termos de populacao e urbanismo como Concepción e Valparaíso, com aproximadamente 1 millhao de habitantes; Coquimbo, Antofagasta, La Serena e Talca, nao ultrapassando os 400 mil.
Uma senhora cidade em termos de urbanizaçao, nao em sua totalidade, mas em se tratando do setor oriente, que abrange as comunas de Lo Barnechea, Vitacura, Las Condes, Providencia, Ñuñoa, La Reina e Santiago Centro, a limpeza das ruas, estrutura das calçadas, manutençao de praças e parques - "E que parques!" - e a segurança sao de dar exemplo, o que torna Santiago um passeio e tanto como destino turístico, tudo isso aliado a grande oferta de vinícolas para se visitar no país que sao um prato cheio para o turista.

O Chile também apresenta uma economia estável, o que também reflete em estabilidade cambial. Apesar de produzir muito pouco do que consome, o país reza e pratica a cartilha do capitalismo neoliberal, mantém uma gestao objetiva, explora bem o mercado de serviços (ocupa aí 60% de sua mao de obra), e se beneficia da exportaçao de matérias prima como o cobre e o lítio, sendo responsável por 1/3 do fornecimento mundial em ambos os minerais.

Em se tratando de gente o povo tem uma forte influencia de outras culturas além da espanhola, como a alema e a inglesa, o que talvez torne o chileno um pouco austero se avaliado por um brasileiro, ou seja, nao espere tanta hospitalidade e alegria apesar de o chileno nos aceitar muito bem, e isto nao ocorre para qualquer um vindo de um povo extremamente patriota que dá muito valor para os seus.

Falando de gastronomia, vale a pena repetir a recomendaçao do passeio pelas vinícolas, mas também dizer que Santiago apresenta uma boa oferta de restaurantes, com estabelecimentos bem agradáveis e ótima comida. O preço é alto se voce comparar com o Brasil, mas o fato é que comida é mais cara no Chile, eu diria que se nivela com um preço médio da capital paulista com o interessante de que nao há o mmmmuito caro, ou seja, o melhor de lá nao vai te surpreender na hora em que a conta chega se voce estiver habituado com a realidade de lá. Há muito restaurante italiano, comida japonesa pela oferta de salmao fresco, e sempre boas opçoes de peixes e frutos do mar. Quanto ao serviço, leia o meu parágrafo acima para calibrar a expectativa, a nao ser que seja atendido por um garçom peruano ou colombiano, neste caso a qualidade está garantida.

Resumindo tudo, vá para o Chile, nao deixe de passar por Santiago, recorra seus belos parques a pé, correndo ou de bicicleta, coma muito em restaurante, visite as vinícolas, compre um pouco se achar alguma pechincha (depende muito da época em que vai, troca de estacao por exemplo), se for inverno suba a montanha e vá esquiar, veja tudo com olhos de turista pois assim este país vai te encantar com certeza.

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